Unidade Móvel de Saúde de Castro Marim retoma a atividade

Saúde

Encerrada há já cinco meses, por decisão, em reunião de câmara, da maioria da oposição, a Unidade Móvel de Saúde (UMS) voltou agora a circular, por decisão do presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral.

“Lamento que estivéssemos 5 meses à espera de uma solução com médico, vinda da oposição, e ela não tivesse surgido”, refere Francisco Amaral, sublinhando que “ninguém, até hoje, compreendeu porque se acabou com um serviço tão importante como este para uma população tão carenciada e envelhecida, quando o objetivo, diziam, era melhorá-lo”.

O autarca, também médico, diz que “foram cinco meses de debates inglórios, muita politiquice e muita demagogia, sendo os mais prejudicados os destinatários deste serviço, que se viram privados das visitas periódicas das suas médicas”.

Sobre o atual funcionamento da UMS, Francisco Amaral acrescenta que “a incessante discussão fez com que, lamentavelmente, tivéssemos de arranjar forma de colocar a UMS a funcionar sem ir a reunião de câmara”. Assim, através da contratação pública, ajustou-se com a Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim e a UMS funciona agora com as mesmas médicas, faltando ainda a contratação de enfermeiro. O serviço da UMS foi retomado há uma semana com grande satisfação da população idosa dos montes rurais do concelho.

“Não é a solução ideal, mas garante-se o funcionamento deste serviço a tempo inteiro, percorrendo diariamente todas as povoações do interior do concelho”, concluiu Francisco Amaral, fundador da primeira Unidade Móvel de Saúde do país, em Alcoutim, em 1995, e como autarca em Castro Marim, motivado pelo encerramento das extensões de saúde do Azinhal e Odeleite, da primeira UMS com médico.