EB 2, 3 de Castro Marim vai ser requalificada, ampliada e modernizada

Educação

O Município de Castro Marim pretende avançar com obras de requalificação, ampliação e modernização da escola EB 2, 3 de Castro Marim, através de uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência que ascende os nove milhões de euros.

Pretende-se que o espaço seja melhorado, adaptado e dotado de condições de utilização mais capazes de responder às necessidades atuais e futuras, uma vez que se trata de um edifício com mais de 20 anos e que não passou por qualquer intervenção.

Atualmente encontra-se inadequado em termos de equipamentos, recursos e instalações para dar resposta às metodologias de ensino atuais e futuras, além de não possuir um sistema de climatização e isolamento nas salas de aula.

Existe a necessidade de aumento do número de salas de aula, através da ampliação de um bloco com dois pisos e pelo reforço estrutural no exterior, adicionando também um elevador e de instalações sanitárias na ala oeste.

As salas aulas serão consideradas “do futuro”, com uma abordagem a um ensino mais digital, dotadas de equipamentos que impulsionem um processo de ensino-aprendizagem mais inovador, onde se possa tirar o máximo proveito das oportunidades oferecidas pelo mundo digital, garantindo uma formação mais completa e alinhada com as exigências do século XXI.

Estas salas de aula do futuro são transformadas fisicamente num ambiente de laboratório tecnológico, com métodos inovadores de aprendizagem através de hardware e software que vão ser responsáveis por estimular a atenção dos alunos e favorecer um aproveitamento escolar positivo.

Uma vez que o limite e capacidade máxima de alunos por sala de aula é de 30, está previsto que a escola fique com um total de 25 salas, totalizando 750 alunos.

Vários espaços serão reorganizados esteticamente, trazendo permeabilidade visual aos locais, com proteções acústicas, e será construído um percurso coberto para proteção de chuva e para sombreamento desde a portaria à porta do edifício.

Relativamente à mitigação e adaptação das alterações climáticas, propõe-se que seja melhorado em pelo menos 30% do indicador de desempenho energético relativo ao consumo de energia primária total do edifício, com a utilização de energia limpa e renovável, através da utilização de equipamentos mais eficientes e a aplicação de painéis fotovoltaicos na cobertura.

O edifício será ainda revestido com um sistema de isolamento térmico e todos os caixilhos substituídos por outros com um desempenho energético mais eficiente, ao mesmo tempo que terá equipamentos sanitários que pretendem poupar entre 80 e 120 mil litros por ano.

No exterior foi proposto um campo de futebol de sete jogadores com relvado sintético, um campo desportivo com marcações para basquetebol, duas quadras de badminton, uma horta vertical, a preservação da vegetação existente e a realização de novas zonas verdes.

A criação desta horta pedagógica vai permitir a interpretação e valorização dos ecossistemas ao promover valores de uma agricultura sustentável e biológica, enquanto a vegetação escolhida será autóctone, adaptada às condições climatéricas e ao problema da escassez de água.

Uma das intervenções mais profundas será a substituição da cobertura, uma vez que atualmente ainda integra produtos com amianto na sua composição.

O Agrupamento de Escolas de Castro Marim pretende ainda fomentar uma escola inclusiva, que seja promotora da igualdade, não discriminatória, cuja diversidade, flexibilidade, inovação e personalização respondam à heterogeneidade dos alunos, eliminando obstáculos e estereótipos no acesso ao currículo e às aprendizagens, com um edifício que será adaptado às necessidades específicas da comunidade escolar com mobilidade condicionada.

Esta intervenção é considerada como urgente segundo o Acordo Sectorial de Compromisso para o Financiamento do Programa de Recuperação/Reabilitação de Escolas, celebrado entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses em 2022, que colocou esta escola como prioritária.

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