XXIV Encontro Nacional de Vigilantes da Natureza arrancou com participação do Secretário de Estado do Ambiente
O XXIV Encontro Nacional de Vigilantes da Natureza arrancou na quinta-feira, dia 30 de janeiro, com a participação do Secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, numa sessão solene de abertura que decorreu no Centro Cultural António Aleixo, em Vila Real de Santo António.
Esta cerimónia contou ainda com a participação de vários representantes de outras entidades como a vice-presidente do Município de Castro Marim, Filomena Sintra, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, da Comissão de Cogestão da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, do Município de Vila Real de Santo António e as forças de segurança.
Após um passeio guiado, decorreram as primeiras Jornadas Técnicas, que acontecem todos os dias, sob o tema “Biodiversidade Sem Fronteiras” com o objetivo de procurar soluções para o equilíbrio e funcionamento dos ambientes naturais.
Este encontro pretende promover a troca de experiências técnicas e a interação entre ‘rangers’, fomentando a partilha de resultados, experiências e técnicas de desempenho profissional.
A Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António foi a primeira reserva delimitada e classificada no país, atualmente com a existência de projetos comuns da cogestão, uma candidatura à Reserva da Biosfera da UNESCO, o apoio a projetos inovadores como a incubadora de plantas, a captação de carbono no sal tradicional, a denominação de origem protegida e a conclusão do Triângulo Verde das ciclovias com iluminação 100% solar.
A biodiversidade não tem fronteiras, que são uma criação humana. Por tal, um bem haja às outras regiões presentes nesta iniciativa.
O Município de Castro Marim tem apostado numa forte valorização do seu património natural também a nível da educação ambiental, com uma aproximação à comunidade.
Durante o evento foi lançado um repto ao Secretário de Estado da necessidade de rever o plano de gestão da própria reserva, no sentido de poder utilizar os esteiros com atividades ambientalmente sustentáveis, como por exemplo a canoagem, o que permitiria a aproximação da comunidade mais jovem e criar laços de afeto eternos para com os valores naturais da reserva que perdurarão para além da nossa existência.
O Município de Castro Marim demonstra gratidão para com os guardiãos da natureza, os primeiros que se instalaram no Castelo aquando da criação da reserva, na altura mal recebidos porque era aqueles que vieram perturbar a utilização comum, e de alguma forma inconsciente, do espaço da reserva.