Plano para mais habitação a custos controlados, ordenamento urbano, espaços verdes e maior responsabilidade urbanística em Altura
A Câmara Municipal iniciou, há dois anos, um trabalho com um conjunto de proprietários da zona poente de Altura no sentido de elaborar um Plano Pormenor para transformação de solo rústico em urbano, ao longo de várias reuniões.
O interesse público deste plano assenta em três princípios, sendo o primeiro a construção a custos controlados, de iniciativa de entidade privada.

O segundo princípio é o tratamento das áreas inundáveis e encaminhamento da rede pluvial de parte da zona de Altura para a ribeira do Álamo, além do tratamento das suas margens, inserido na componente ambiental e de gestão das águas pluviais.
O terceiro grande eixo é uma ligação rodoviária entre o aglomerado de Altura à Manta Rota, através da construção de uma passagem na ribeira do Álamo.
Todo este plano tem contrato e planeamento com 17 proprietários e serão ainda anexadas duas ou três áreas com unidades de execução específicas, estando na base desta decisão um estudo hidráulico que foi exigido aos proprietários sobre a projeção das cheias a 100 anos, para que se possa ponderar qual a área e a parte que será suscetível de urbanizar.
Haverá também um grande parque verde urbano, que irá fazer o equilíbrio entre aquilo que é o Jardim D’Alagoa, já aprovado para a área nascente, também iniciativa de outro particular.
É um caminho que agora começa, na qual a Câmara Municipal está empenhada e no qual acredita que contribui para a valorização e o fecho da malha urbana de Altura, um aglomerado de baixa densidade onde os únicos espaços ainda a edificar terão um nível de exigência grande em termos de compromisso urbano e de contrapartidas para o território.
Este plano irá garantir que Altura não corra o risco de ser uma zona exclusivamente de segunda habitação, dado que grande parte desta construção será de custos controlados, e isso significa que têm de ser pessoas e famílias de classe média que residam cá, que possam adquirir as suas casas e viver em Altura, combatendo a tendência que existe atualmente por força da pressão urbanística, especulação e trajetória imobiliária de afastar os castromarinenses dos principais aglomerados.
