Mata Nacional Terras da Ordem

A Mata Nacional das Terras da Ordem situa-se no Nordeste do Concelho de Castro Marim, na freguesia de Odeleite e distinguem-se quer pela sua localização quer pelas suas características, apresentando uma variedade de flora e fauna, constituindo o habitat perfeito para inúmeras espécies animais e vegetais. Localizada na vertente oriental da Serra do Caldeirão e com uma área correspondente a 1297,43 ha, a mata das Terras da Ordem foram objeto de implementação de projetos florestais a partir dos anos 70 do século passado.

Floresta inicialmente dominada por azinheiras, alfarrobeiras e oliveiras, com predominância atual de pinheiro-manso e maior diversidade da vegetação na proximidade dos cursos de água, onde se incluem loendros, eucaliptos, freixos e zambujeiros.

Pela Portaria nº 849/ 2002 de 13 de Julho, 820,2 hectares passaram a ser classificados como Área de Refúgio CMR-1, destinada ao fomento da fauna cinegética migradora.

O nome desta área florestal, indicia um passado religioso associado à Ordem de Cristo, altura em que pertencia à Comenda da Alcaidaria Mór de Castro Marim. Em 1834, com a extinção das Ordens Religiosas, passaram para o domínio da Fazenda Nacional. Em 1844 foram adquiridas por um particular, não tendo sido reconhecida a posse legal destas Terras. E durante mais de um século as Terras estiveram ao abandono, em total estado de erosão e de pobreza dos solos.

No ano de 1967 o Estado adquiriu a propriedade, a qual nesse ano foi formalmente submetida a regime florestal total, passando a constituir a Mata Nacional das Terras da Ordem. Desde então e até à data fica sob administração/gestão direta do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Com a revolução de Abril de 1974 interrompem-se os trabalhos de gestão deste espaço, assistindo-se a uma nova intervenção a partir de 1982, que visam não só o ordenamento cinegético como o coberto arbóreo.

Possui vegetação com características marcadamente mediterrâneas sendo que atualmente, o pinheiro-manso constitui a espécie predominante nesta Mata, no entanto é possível encontrar povoamentos novos de sobreiro, pinheiro-do-alepo, cipreste, azinheira e outras folhosas, especialmente junto às linhas de água, que contribuem para a diversificação e valorização de toda a zona florestal.

A presença do homem nesta zona ribeirinha é bem notada, pela ocupação das terras férteis da margem da ribeira com pequenas hortas, pomares (sobretudo de sequeiro) e também pelo aproveitamento dos recursos hídricos através de poços e moinhos de água, de que são exemplos o moinho de água das Pernadas, recentemente recuperado, e o moinho de água do Carvão.

Pela sua beleza e tranquilidade, este espaço proporcionam ao seu visitante um ambiente bastante agradável para a prática de desporto ao ar livre e outras atividades relacionadas com a natureza.

Nos últimos anos foi objeto ainda de ações de arborização e beneficiação florestal, prevenção de fogos, experimentação florestal e ensaios de utilização múltipla, fomento cinegético e instalação de prados permanentes para silvopastorícia. 

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